RESULTADOS
INTRODUÇÃO
O objetivo deste Grupo Operacional (GO) é estudar a importância dos hospedeiros alternativos (plantas, insetos e vitis abandonada) na dispersão da doença da Flavescência Dourada (FD), que é uma doença de quarentena, causada por um fitoplasma, cujo principal inseto vetor é o cicadelídeo Scaphoideus titanus. Pretende-se ainda estudar a presença de populações deste vetor nas sub-regiões vitivinícolas de Basto, do Cávado e do Lima, e avaliar o nível de sensibilidade à FD de combinações Porta Enxerto (PE)/Casta. É relevante notar alguns factos:
A FD afeta principalmente a região dos 'Vinhos Verdes' – DOC.
Esta doença reduz consideravelmente o rendimento dos produtores uma vez que causa a morte das vinhas e a perda total da produção quando o vetor não é controlado.
Não existem meios de luta curativa contra a FD.
Existem vários potenciais hospedeiros da FD, e é importante determinar qual o seu papel na dispersão e/ou permanência da doença na região dos “Vinhos Verdes” DOC. Os hospedeiros que estão a ser estudados correspondem a:
ALNUS GLUTINOSA
(AMIEIRO)
AILANTHUS ALTISSIMA
(INVASORA)
CLIMATIS VITALBA
(INFESTANTE)
VITIS EUROPEIAS E
AMERICANAS ABANDONADAS
SALIX SP.
CORYLUS
AVELLANA
No entanto, para além de vinhas abandonadas e outras espécies de plantas que possam constituir hospedeiros alternativos para a FD, é importante determinar qual o papel que os insetos vetores desta doença (excluindo o Scaphoideus titanus Ball (ST)), presentes nos hospedeiros alternativos e localizados nas bordaduras das vinhas, possam vir a ter na epidemiologia da FD. Algumas das espécies estudadas são:
ORIENTUS
INSHIDAE
ONCOPSIS ALNI
DICTYOPHARA
EUROPAEA
METACALFA
PRUINOSA
PHLOGOTETTIX
CYCLOPSE
PSYLA ALNI
PARCELAS EM ESTUDO
Em 2018 começou por escolher-se e definir 6 explorações para a monotorização dos hospedeiros alternativos: Quinta do Cerqueiral (QC), Quinta de Santa Rita (SR), Sociedade Agrícola Irmãos Eusébios (IE), Miguel Chaves (MC), Naturbasto (N), e Quinta do Campo (QCa). Nestas 6 parcelas de vinha delineou-se uma faixa de 25m de cada lado da linha que une cinco armadilhas colocadas nas bordaduras de cada parcela e uma no seu interior. As armadilhas são substituídas semanalmente, de maio a outubro, e analisadas em laboratório para deteção de insetos e algumas das espécies para deteção de fitoplasmas.
As armadilhas cromotrópicas foram colocadas à razão de 6 por parcela, com 2 armadilhas extra na parcela “Irmãos Eusébios”. Posteriormente foram recolhidas e registadas as capturas de S. titanus.