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RESULTADOS

DETEÇÃO PRECOCE DO VETOR ST

Uma das ferramentas que estão a ser exploradas para a monitorização e deteção precoce do vetor ST, são as chamadas armadilhas “inteligentes” (Figura 1). As armadilhas “inteligentes” recorrem a um sistema de captura de imagem georreferenciada (smart traps), com capacidade de transmissão sem fio.  Têm o objetivo de permitir o envio periódico de imagens e, a emissão rápida de alertas da sua presença, para uma intervenção mais atempada no controlo do vetor, não foi possível obter resultados.

 

Em 2018 ainda estavam em fase de conceção, e em 2019 sofreram alguns problemas que impossibilitou a identificação de qualquer captura do S. Titanus. Atualmente as imagens são enviadas uma vez por dia para uma plataforma para análise, permitindo o alerta aos produtores quando se deteta a captura do ST. Já foi alcançada a obtenção de uma qualidade de imagem suficiente para permitir a classificação do Scaphoideus titanus diretamente na imagem através do sistema de informação.

PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DA ARMADILHA INTELIGENTE

FD CONTROLO - WEBSITE.png

1

2

3

4

5

Proteção contra

a água

Contém a fita

cromotrópica amarela

Inclui iluminação cromática artificiaL

Está

georreferenciada

Inclui iluminação cromática artificiaL

FD CONTROLO - WEBSITE.png

6

7

8

9

Eficiente

energeticamente

Leitura de dados

de sensores

Captura de imagens

da armadilha

Envia as imagens e

informação

dos sensores

regularmente

APARECIMENTO DE SINTOMAS

O aparecimento dos primeiros sintomas dá-se entre 1 a 5 anos após a infeção inicial.

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Nas castas brancas de videiras com sintomas de FD, numa fase inicial, as folhas adquirem uma tonalidade amarela

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Nas castas tintas as folhas adquirem uma tonalidade avermelhada com enrolamento do limbo para a página inferior.

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Próximo da floração começa a evidenciar-se desavinho que leva a perdas de produção.

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As folhas ficam enroladas sobre a página inferior, sobrepondo-se em forma de telhas ou escamas de peixe.

Alteração da consistência das folhas, que ficam mais rígidas e secas. Os pâmpanos ficam de um verde mais pálido, e a planta começa a perder as folhas da base.

As varas não atempam, a videira fica debilitada, e após alguns anos e acaba por morrer.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Foram colocadas S.titanus em armadilhas amarelas nas 6 explorações alvo de estudo (2018-2020) e em 31 dos 38 "postos de monitorização" e, por isso, é possível afirmar que estão presentes nas três sub-regiões: Cávado, Lima e Basto.

 

Esta realidade poderá ser alargada ao Minho porque os fatores abaixo mencionados impedem que seja alterado o estado de alerta dos viticultores e dos serviços oficiais relativamente à propagação da FD e ao controlo do seu vetor:

 

  • às caraterísticas geográficas;

  • configuração do parcelário;

  • predominância do pequeno produtor;

  • preferência pelas pequenas quantidades de videiras

Existe maior nº de capturas do S.titanus com uma distribuição das armadilhas amarelas em locais com a menor exposição ao sol e tendo em conta o sentido dos ventos dominantes

A proporção de espécimes de S.titanus capturados na área envolvente das parcelas de vinha foi significativamente maior (77,8%) que nas outras duas áreas estudadas.

 

Esta diferença dever-se-á ao facto da existência, na área envolvente das vinhas, de um número acentuado de Vitis europeia e de porta-enxertos americanos (portadores da doença sem apresentarem sintomas) e hospedeiros preferenciais do S.titanus. Verificou-se também que as videiras sintomáticas se localizavam prioritariamente na bordadura das parcelas de vinha.

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Nas áreas envolventes das vinhas localizadas nas três regiões em estudo, foi registada a presença de outros hospedeiros para além da Vitis sp., como Alnus glutinosa, Ailanthus altissima e Salix atrocinerea.

Nas armadilhas posicionadas na área envolvente das parcelas da vinha, o maior número de capturas foi registado junto ao hospedeiro principal Vitis sp.(86,4%), seguindo-se o Ailanthus com 9,2% e o Alnus com 3,5%. Já a presença do S.titanus junto ao Salix foi de apenas 0,7%.

Apesar dos tratamentos obrigatórios contra o inseto vetor observaram-se videiras com sintomas da Flavescência dourada (positividade comprovada por PCR) nas videiras de bordadura, que se presume dever-se à transmissão pelo S. titanus a partir de vitis abandonadas coexistentes nas galerias ripícolas da envolvente das parcelas.

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Figura 2: Imagem adquirida pela armadilha “inteligente”

Figura 1: Armadilha “inteligente” instalada na Sociedade Agrícola Irmãos Eusébio.

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